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PROCESSO DE ADAPTAÇÃO

   A doença oncológica, pela sua cronicidade, faz emergir emoções, medos, expetativas e tratamentos que podem ser causadores de stress na vida dos utentes. Deste modo, esta vivência requer uma adaptação, quer por parte do indivíduo, quer pela família (Pereira & Lopes, citado por Marques, 2017).

   

   A adaptação ao cancro varia desde o momento do seu diagnóstico, tratamento, recorrência, avanço da doença e até à possível cura. Assim sendo, a capacidade de adaptação do utente varia no tempo e difere a cada ponto da continuidade dos cuidados. Este processo adaptativo caracteriza-se pelo conhecimento sobre a evolução da doença e pelas respostas emocionais do indivíduo e família, sendo estes capazes de negociar alterações nos seus estilos de vida, de forma a se ajustarem às necessidades inerentes à doença (Otto, 2000).

 MODELO DE KÜBLER-ROSS

    A psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross foi pioneira no estudo das emoções sentidas pelas pessoas que enfrentam repentinamente um diagnóstico potencialmente mortal, propondo cinco fases (Vasconcelos, Dutra & Oliveira, 2012).

 1ª FASE - NEGAÇÃO E ISOLAMENTO

   Quando o indivíduo é confrontado com o diagnóstico da doença potencialmente mortal, a sua reação traduz-se pela negação da própria verdade. A negação funciona como uma defesa perante a possibilidade da morte, pois a pessoa não quer acreditar no que está a acontecer. Contudo, a negação na maior parte dos casos não é definitiva, pelo que muitos utentes irão conseguir ultrapassa-la e serão capazes de aceitar a sua nova realidade (Macedo, 2014).

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